XXV PEREGRINAÇÃO A FÁTIMA A PÉ

"Para mim a XXV foi mais que uma simples peregrinação a Fátima a pé… foi um momento onde me pude sem dúvida encontrar a mim e aos outros…
Quando foi a XXIII, eu ainda estava no 9º ano, mas tinha amigos na secundária que foram. Isto intrigou-me e perguntei-lhes porque razãos tinham ido a Fátima e ainda por cima a pé, responderam-me apenas que era inexplicável e só sabia quem lá tinha estado. Perante esta explicação pus um ar de gozo e disse: “ah ‘tá… é a mim que me apanham numa coisa dessas, ver se não me esqueço”. Até que oiço um “se fores, eu vou estar lá para te ajudar”. O assunto morreu ali naquele ano.
Entretanto entrei para a Secundária e percebi que nada era por acaso, porque a disciplina e a família de moral mudaram totalmente a minha vida… tinham-me acontecido coisas menos boas nos últimos tempos e assim que o Professor Chico falou da XXV e me entregou o papel da pré-inscrição, não tive quaisquer dúvidas que eu tinha que lá estar!
Estive lá, e agora digo que não trocava esta experiencia por NADA deste mundo! Agora percebo o que me disseram. O ser inexplicável e só saber quem lá esteve.
A meio do caminho mandaram-me uma mensagem e perguntaram-me: “vale a pena as dores e as bolhas?” eu respondi que só sabia quando chegasse a Fátima… assim que lá cheguei e tive tempo respondi a dizer: “vale a pena e repetia tudo já!”
Nada supera a sensação de estar junto a Maria, nada explica o olhar dos alunos, antigos-alunos e professores, nada explica o que sentimos ao ver quem nós gostamos à nossa espera, incluindo e principalmente Maria, por quem nós andamos, por quem nós choramos, por quem nós rimos e a quem nós rezámos.
As amizades feitas são para a vida (assim o espero), o espírito de entreajuda surpreende-nos e orgulha-nos, e o encontro de gerações de alunos e antigos-alunos é fantástico.
Orgulho-me quando digo que sou aluna de moral da Escola Secundária de Peniche e que fui a Fátima a pé na comemoração dos seus 25 anos.
Valeu a pena porque ri, porque chorei, porque fiz amigos novos, porque fortaleci amizades antigas, porque recebi muitos abraços, porque dei muitos abraços e principalmente porque voltei a encontrar-me com Deus… Bolhas e dores? O que é isso comparado a sensação de receber um postal de uma antiga-aluna a agradecer por uma coisa que apenas fizemos porque sentimos, o que é isso comparado o sentimento de ter Maria a nossa espera, o que é isso comparado com um sorriso e estender de mão de uma pessoa que mal conhece?!
Agora sou eu quem diz que só sabe quem lá esteve.

E acredito que fomos deixando por onde fomos caminhando brilhante sinal da nossa bondade!"

Inês Mamede (Aluna)

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